segunda-feira, agosto 20

De Nelson, pelo Âmbar |9| - Madrugada Farsesca


O que dizer de um noite em que nem o cansaço e o sono se tornariam ingredientes para diversão e o prazer de estar fazendo o que se gosta? Pois é. Essa foi a noite de sábado, 18 de agosto, para o Coletivo Âmbar e suas Mulheres de Nelson. Foi marcada uma madrugada de ensaios em que seria feita a marcação definitiva das cenas de Dorotéia, assim como incluída sonoplastia, iluminação e provas de figurino. Seria um encontro essencial para todos.

 A concentração começou em frente à Riachuelo, às 22h, com boa parte das atrizes reunidas à calçada, encantadas com um charmoso rusky siberiano que comia pipoca com sua dona e, talvez, esperava o ônibus, não perguntamos. Com a chegada do trio formado por Willams, Guilherme e Anderson, era chegada a hora de se encaminhar para a CasaMecane, com Saulo Uchôa nos aguardando com sua paciência, seu sorriso largo e muito sono e disposição para nos abrigar.

Com a chegada de todos no espaço, foi possível tirar as dúvidas de marcações e intenções de personagens, assim como apresentar a cena para Cleison Ramos, responsável pelo desenho de operação de luz; e Márcio Andrade, pela concepção de sonoplastia. Depois disso, pausa para o recreio, regado a salgadinhos, barras de chocolate e refrigerante, tudo que as vozes dos atores precisam pra sair bem, kkkk. Para quebrar esse antro de conservantes e aditivos químicos, uma maçã, primogênita e filha única, que foi consumida por um dos agregados ao invés de por alguém elenco. 

Depois, foi a vez de retomar o ensaio, com o espírito brincalhão dando a tônica para despertar os presentes, com brincadeiras de concentração e agito, em que João Guilherme revela todo seu talento para escolher brincadeiras e ser sempre o primeiro a perder, restando aos outros rir com tamanho paradoxo. Além desse, ele revelou outro talento muito interessante: roncar até estremecer as bases da Mecane.

E é com toda essa descontração que se encerra a madrugada na Mecane, dando início a uma manhã de domingo ensolarada para aqueles doze jovens interessados em criar junto com o centenário Nelson, que, caminhando pela Av. Cde. da Boa Vista, se despede, prontos (ou não) para encontrarem a si mesmos neste processo de descoberta e alimentação. Até onde a criação pode nos levar? Para muitos lugares e tempos, mas talvez o lugar mais importante destes seja o coração do outro. Piegas? Talvez, mas crivelmente verdadeiro.

Encontre-nos na terça, dia 21, às 20h, no Teatro Joaquim Cardozo. O ingresso custa R$ 10,00

por Márcio Andrade.

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