sexta-feira, março 15




Dia 12 de março de 2013 – 9h35 – Sala de Dança – UFPE

O ensaio inicia-se com um pequeno atraso, pois estávamos sem a chave da sala de ensaio.
Jéssica Viana, com o auxílio de João Neto e Anderson Damião, faz a recapitulação do ocorrido no último ensaio. Aproveitando a ocasião, o ator Rodrigo Porto justificou sua falta na sexta dia 08 de março, por motivo de trabalho. O diretor Willams Costa comunica que, como já discutido em outros encontros, o elenco será fixado com apenas três atores, contabilizando quatro com a atriz.
Voltamos ao estudo da Cena 2, objetivando a continuação da marcação, já iniciada na semana passada. Quatro cadeiras são espalhadas na sala e Rodrigo Porto inicia com a leitura da cena.
O diretor recapitula, junto com os atores, a marcação feita no último encontro, como ponto de partida para o que foi feito hoje. Vão-se descobrindo em cena e em conjunto novos sons percussivos, novas marcações e vai melhorando as que já haviam sido fixadas, repetindo, voltando, errando, sempre procurando evoluir no processo. As cenas são paradas para que sejam discutidos problemas de ordem técnica.
Vamos, ao avançar na marcação da cena, vendo que a cena está se tornando cada vez mais palpável e concreta. O espetáculo vai surgindo. A cena é toda marcada e percebemos a mudança que é do texto lido para o texto na cena. Willams Costa admite ainda não estar satisfeito e ainda querer mais da cena, porém todos os integrantes concordam que esse ponto deva ser preenchido quando os materiais cenográficos estiverem nos ensaios, permitindo uma melhor visualização da cena.

12h10 – Fim do encontro.



08 de março de 2013 – 9h30 – Sala 44 – UFPE

O encontro é iniciado com uma conversa entre o diretor Willams Costa e os atores Jéssica Viana e João Neto, sobre a preocupação com o espetáculo. O ator João Neto lê a cena 2, Entre pães e morte e, em seguida, Jéssica Viana também lê. Vamos trabalhar todo o encontro baseado nessa cena. O exercício vai tomando corpo e podemos perceber uma unidade verbal e psicológica da personagem que será representada pelos integrantes (mulher e homens), objetivo central do jogo. A leitura vai tomando um ritmo real, com variações de entonações e pausas. Anderson Damião chega e embarca no jogo.
Em seguida, querendo estimular seus atores para o próximo exercício, o diretor pede que cada um escolha um trecho de quatro linhas da cena, dando 20 minutos para que estudem e apresentem aos integrantes. Willams Costa disponibiliza para a cena uma bíblia, um banco e um reco-reco.
É pedido para os atores que eles façam pães. A atriz Jéssica Viana, já no jogo como Rainha, domina seus servos contando quantos pães cada um fez. Ela passa a brincar com eles, pedindo que contem de várias formas, de trás para frente, de dois em dois... Até que eles se atrapalham e nem saibam mais o quê estão contando.
Em seguida, o diretor dispõe o espaço para que as marcações sejam experimentadas repetidas vezes.
O próximo exercício foi fundo no nosso instinto animalesco: a necessidade carnal e psicológica para com o alimento. Os atores vão devorando loucamente os pães que estão espalhados pela sala, sem se preocupar com a fome do outro, mas apenas a sua, deixando transparecer que para se sobreviver no mundo animal, é preciso estar atento e ser ágil a ponto de matar para não morrer.

12h28 – Fim do encontro.

sexta-feira, março 8



Sala 44, Universidade Federal de Pernambuco

Ao chegar, houve a habitual conversa inicial enquanto todos não chegam. O diretor Willams Costa conta novas ideias que teve para o espetáculo e divide conosco nos convidando a uma discussão.
Às 9h51 o ensaio realmente inicia com um relaxamento ministrado pelo diretor. Nesse relaxamento, foi proposta uma criação imaginativa do espaço físico da peça. Os atores são convidados a observar o espaço, perceber o que há nele, como é esse espaço habitado pela Rainha e por todas as pessoas que andam por ele. Quem são todos? Quais as sensações provocadas? Quais os sons? Quais as situações?
Aos poucos, os atores vão se inserindo nesse espaço, fazendo parte dele não apenas como observador, mas como personagem.
Sons provocativos são feitos com um banco de madeira, pelo diretor, a fim de criar estímulos. O corpo também passa a ser motivado, através de movimentos cada vez mais rápidos. Os atores vão mostrando através de um movimento apenas, o som que reside no espaço criado. Esse som/movimento é explorado e cada vez mais estimulado a vibrar no espaço. A intensidade vai diminuindo até paralisar-se, junto com o espaço físico que vai perdendo sua materialidade.
A história da Rainha e seus servos começa a ser contada. Vai-se estabelecendo um jogo, cada servo é maltratado e humilhado a cada vez. Jéssica Viana põe Rodrigo Porto ajoelhado, Anderson Damião virado para parede repetindo “eu não presto, sou inútil” e João Neto para trazer-lhe o presente repetidas vezes (o presente foi colocado em cena pelo diretor). A atriz vai compondo a personagem e a cena. Com indicações externas do diretor, o exercício foi realizado em cima do “absoluto poder” e a “submissão”. Através dos castigos propostos os atores deixam transparecer o cansaço físico.
A Rainha vai mudando as instruções, aparecendo novos aspectos e situações. Ela manda seus criados fecharem as portas do castelo repetidas vezes: com as mãos, com os pés e com a boca (todas ao mesmo tempo em que repetiam “eu não presto, sou inútil”). Os atores vão ficando cada vez mais exaustos com os exercícios para saber até onde aguentam o poder imposto.
Em seguida, ela pede para que todos fiquem a sua frente e que falem o quanto a amam e o quanto ela é poderosa e suprema. A cena fica parecida com um tribunal.
Fechando o exercício, ela ordena que todos fiquem de quatro, onde eles viram seus cachorrinhos e são adestrados por ela. A conclusão do exercício leva vinte minutos. Ainda como cachorros recebem uma intimação: levar um presente para a Rainha. Para intensificar, ela pede que eles repitam como robôs. O diretor  vai dando o desfeixo do exercício e aos poucos vai tirando todos de cena.

Fim do encontro às 12h03.


sexta-feira, março 1

Sexta feira, 01 de março de 2013.



Sala 44, Universidade Federal de Pernambuco. 09:30H.

Hoje tivemos a presença do ator João Neto, mais um dos convidados pelo Coletivo a participar do processo de montagem do espetáculo Maria. Começamos o encontro com Anderson Damião, Jéssica Viana e Luis Gutemberg explanando a  João Neto tudo o que viemos conversando nos três últimos encontros. Jéssica começou explicando o processo do texto que foi desenvolvido em sala de ensaio com o autor Emmanuel Matheus, ela  e o encenador Willams Costa. Luis se pronuncia e destaca o quão importante é o entendimento com a dramaturgia, e o trabalho que deverá ser tomado com a densidade  que o texto anuncia.
O ator Anderson Damião, complementa falando sobre o último ensaio, o qual foi realizado um exercício de experimentação de sonoridade com uma cena escolhida pelos atores. Em seguida, fizemos a leitura do texto para o ator João Neto, começar a “enturmar” com a história que Maria juntamente com os quatro atores, estão encarregados de contar. A leitura durou aproximadamente uma hora e 15 minutos. As duas primeiras cenas foram lidas por Jéssica, a terceira e a quarta por Willams, a quinta e a sexta por Anderson, a sétima por Luis, a oitava do João e a última por Jéssica novamente. Terminada a leitura, esperamos ansiosos para o pronunciamento e o recebimento do texto por João Neto. Ele indaga o quão o texto é de uma complexidade absoluta, e o interesse e satisfação de esta embarcando no processo junto com o restante do grupo.
Terminando as conclusões com o texto, e finalizando nosso encontro, surgiu um problema em relação ao ator Luis Gutemberg. Ele conversa com todos e revela que infelizmente os dias os quais estamos nos encontrando, e a disponibilidade que necessitamos para o processo , ele infelizmente não poderá cumprir com tal compromisso. Pois a Universidade e o grupo de estudo paralelo que o mesmo participa, terá que exigir mais do seu tempo, e pela sua preferência o mesmo chegou a conclusão  que  o melhor a ser feito , é acompanhar o processo indiretamente.
O diretor afirma que irá observar o que poderá fazer e que entraria em contato cmo todos marcando os novos encontros.
12:15H. Saída do grupo.