Antes de
qualquer coisa, esclareço que não sou, nem de longe, uma especialista em
assuntos de teatro, mas que escrevo apenas para compartilhar a minha
experiência pessoal de expectadora. Estar diante
de uma obra de Nelson Rodrigues é certamente uma experiência inquietante e
conflituosa para a maior parte das pessoas. Porém, a partir da experiência
recente de assistir à leitura dramatizada de Dorotéia, considero
intuitivamente que este seja um texto especialmente desafiador e penso ser
necessário ousadia e destemor para fazer-lhe ganhar vida nos palcos.
O texto traz a história de Dorotéia, moça de beleza exuberante e ex-prostituta que depois da morte do filho vai morar na casa de suas três primas viúvas, puritanas e feias. Em troca de abrigo, ela decide abrir mão de sua beleza, tornar-se feia tal qual as velhas viúvas e seguir o destino das mulheres da família. Breve introdução à parte, não pretendo fazer um resumo da peça, da história que conta, e menor ainda é o meu interesse em elaborar uma boa crítica sobre ela – não teria sequer ferramentas para isso. Como disse, gostaria apenas de compartilhar deste meu contato.
Pois bem, no palco um cenário forte e cuidadosamente pensado convida o público a adentrar na sala da casa de três feias viúvas irmãs - onde toda a história irá se desenrolar – e, imediatamente, de cara mesmo, dá conta de nos apresentar ao universo mítico e fantástico que a obra “Dorotéia” traz consigo. Daí por diante, as atuações e vozes fortes das seis atrizes que se revezam em cena nos levam a caminhar pela atmosfera áspera, hostil e misteriosa da narrativa, dando contornos e profundidade às personagens e desenhando na imaginação do público – na minha, ao menos - as histórias narradas por cada uma delas, como se as pudéssemos ver acontecer em nossa frente.
O texto traz a história de Dorotéia, moça de beleza exuberante e ex-prostituta que depois da morte do filho vai morar na casa de suas três primas viúvas, puritanas e feias. Em troca de abrigo, ela decide abrir mão de sua beleza, tornar-se feia tal qual as velhas viúvas e seguir o destino das mulheres da família. Breve introdução à parte, não pretendo fazer um resumo da peça, da história que conta, e menor ainda é o meu interesse em elaborar uma boa crítica sobre ela – não teria sequer ferramentas para isso. Como disse, gostaria apenas de compartilhar deste meu contato.
Pois bem, no palco um cenário forte e cuidadosamente pensado convida o público a adentrar na sala da casa de três feias viúvas irmãs - onde toda a história irá se desenrolar – e, imediatamente, de cara mesmo, dá conta de nos apresentar ao universo mítico e fantástico que a obra “Dorotéia” traz consigo. Daí por diante, as atuações e vozes fortes das seis atrizes que se revezam em cena nos levam a caminhar pela atmosfera áspera, hostil e misteriosa da narrativa, dando contornos e profundidade às personagens e desenhando na imaginação do público – na minha, ao menos - as histórias narradas por cada uma delas, como se as pudéssemos ver acontecer em nossa frente.
Assim, a leitura traz aquilo que acho das coisas mais importante na experiência com o
teatro: busca construir uma atmosfera envolvente para contar uma história, não subestimando a ludicididade da linguagem teatral, mas vale-se bem de recursos fantásticos para
construir este diálogo. Parabéns ao grupo, que se aventurou na leitura
das difíceis linhas de Dorotéia.
por Indira Corban
por Indira Corban
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